Hoje vi na TV uma reportagem sobre Beatbox e por curiosidade fui pesquisar e encontrei no site www.ionline.pt uma pequena entrevista feita a Vítor Santos, conhecido por Fubu, considerado o rei do Beatbox em Portugal que se segue na presente postagem.
Os adeptos de andebol do Porto e do Benfica não podiam adivinhar. Ali, Vítor Santos - Fubu para os amigos - era só mais um jogador. Mas fora de campo a música era outra. Literalmente. Fubu é um dos quatro portugueses que vão representar Portugal no Campeonato do Mundo de Beatbox, na Alemanha, a 29 de Maio.
"Comecei a descobrir o beatbox na escola, tinha mais ou menos 15 anos", conta este rapaz de Leiria, que aos 16 deixou a sua cidade para jogar andebol no São Bernardo, depois no Porto e finalmente no Benfica. Mas a maior evolução deu-se na música e não no desporto. Foi aprendendo a técnica do beatbox, que "consiste em fazer sons apenas pela boca e a partir deles criar uma melodia". Quando viu e ouviu o beatboxer norte-americano Rahzel, que colaborou com Ben Harper em 2000 no single "Steal my Kisses", percebeu que queria levar o beatbox a sério. "Ele é o pai deste estilo. Comecei a ouvir Rahzel, sem mentir, umas mil vezes por dia. Só pensava: “Como é que ele faz isto?”
Caixa de ritmos - Se ainda não sabe do que estamos a falar, o melhor é visitar www.ionline.pt e ver o vídeo em que Fubu mostra as suas capacidades. Há sons vocais, sons nasais, batidas e até imitações de músicas conhecidas como "Sexy Back", de Justin Timberlake. Mas nada como ver o vídeo, porque esta arte é daquelas que são difíceis de descrever.
O beatbox está muito ligado ao hip hop, mas Fubu não gosta de ser associado a uma certa marginalidade desse género musical. E garante que todos têm potencial para fazer beatbox, depois "depende da cultura musical e da dedicação que se põe na aprendizagem". Com a internet, aprender novos truques e sons tornou-se muito mais fácil. Há tutoriais [ver dicas] e muitos vídeos. "Basta ver e treinar até conseguir fazer igual."
Fubu já viveu na Polónia e um pouco por todo o país, sempre a jogar andebol e a fazer beatbox. "A minha mãe diz que sou nómada." Trocou o curso de Fisioterapia, que não concluiu, por uma carreira de beatbox, que, acredita, pode passar pela televisão e por um disco em nome próprio. "Ainda não consigo viver do beatbox mas esse dia há-de chegar."
Prova de fogo - Enquanto a hora não chega, Fubu vai dando concertos e é artista residente da discoteca Beat Club, em Leiria: "O meu pai apoia-me bué, se for preciso até vai ver os meus concertos." A 29 de Maio começam os concertos mais importantes da sua curta carreira, que arrancou a sério em 2006, no evento MTV Underground em Aveiro. O Campeonato do Mundo de Beatbox, em Berlim, onde participa com o seu companheiro na dupla ByMistake, Peter B, é a prova de fogo. "É ali que todos os beatboxers do mundo se juntam e competem, um pouco como no filme "8 Mile" [com Eminem]. Espero ficar entre os dez primeiros."
Para quem quer aprender beatbox, Fubu avisa que é preciso gostar muito de house e de percussão. Se for assim, o beatbox pode ser uma paixão para toda a vida: "Acho que vou fazê-lo sempre, nem que seja a embalar putos a imitar o Noddy."
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